Botulismo: Causas, Consequências e Prevenção

Recentemente, ocorreu o primeiro caso no Brasil de botulismo, após 20 anos. A falta de conhecimento de tal doença, suas causas e sintomas para a população dificulta o pronto atendimento.

Então, para que você caro leitor, possa obter mais informações, leia o post até o fim. O primeiro passo é, compreender o que é o botulismo.

O botulismo é uma doença grave caracterizada por não ser contagiosa e é contraída pela ingestão da toxina pré-formada produzida pelo microrganismo chamado Clostridium botulinum. Os casos de botulismo alimentar ocorre de duas formas: a partir da ingestão de alimentos contendo neurotoxina e o infantil causada pela ingestão de esporos de C. botulinum, com a produção da toxina no intestino com maior frequência em crianças com menos de um ano de idade. 

Botulismo alimentar afeta o sistema nervoso de forma rápida e progressiva após a ingestão das neurotoxinas presentes no alimentos contaminados com a bactéria Clostridium botulinum. Os alimentos que apresentam maior incidência de contaminação são os alimentos embutidos como salsichas, presuntos, chouriços e patês, assim como os derivados de leite, enlatados, queijos, produtos fermentados e peixes em conserva ou defumados, produtos vegetais como palmito, espinafre, aspargos, cogumelos, milho, vagens, figos, azeitonas e ervilhas, também podem estar envolvidos nesses surtos.

Os primeiros sintomas neurológicos podem ser inespecíficos, como tontura, vômito, fraqueza, vertigem e dores de cabeça. Quanto maior a concentração da toxina no alimento ingerido, menor será o tempo de manifestação da doença. Nos casos de Botulismo intestinal é preciso uma maior atenção com o mel, não se pode fornecer mel in natura ou xarope de milho para crianças com até um ano de idade. O período de incubação varia entre 4 a 21 dias, a média é de 7 dias.     
      

Fonte: Saudável e Feliz (2018)

Para evitar esse grave problema de saúde pública, em que o maior perigo de contaminação está nos alimentos preparados de forma artesanal ou conservas caseiras, por conta da manipulação inadequada que proporciona um ambiente favorável para a germinação dos esporos que produzirá a toxina. A melhor opção são as conservas industriais, as quais passam por um rígido controle de qualidade e fiscalização dos órgãos competentes, no momento da compra é importante observar as condições das embalagens não podendo apresentar arranhões, trincas ou amassados.

Caso os sintomas surjam após a ingestão de algum desses alimentos a pessoa deve se dirigir a um hospital. No tratamento deverá ser feito a administração da antitoxina botulínica, para a prevenção do progresso neurológica da doença, a monitorização cardiorrespiratório e cuidado intensivo e meticuloso apropriado para uma doença paralítica em casos de longa duração. Para obter um bom resultado do tratamento é importante um diagnóstico precoce.

Annuska Vieira Cabral, Carlos Renato Vieira e Maria Alice Magalhães de Castro